Uma coisa que político tem que ter é compromisso. E é isso que a turma do concurso da Polícia Militar de Roraima espera. O governador Antônio Denarium (PP) chegou a prometer que eles seriam convocados, mas lá se vão vários meses e nada do início do curso de formação.
Agora, na tentativa de fazer uma manifestação no Centro Cívico, o grupo foi proibido e ameaçado por policiais militares a mando do governador no palácio Senador Hélio Campos.
De acordo com um dos integrantes do grupo, um oficial lotado na Casa Civil avisou que eles não poderiam fazer o movimento e que se isso ocorresse eles teriam um confronto.
"Fomos ameaçados em alto e bom tom. O coronel Miramilton Souza disse com todas as letras que nós estaríamos iniciando uma conflito que não acabaria bem. Foi uma ameaça grave com aval de Denarium", confirmou um dos manifestantes.
O grupo faz parte de um cadastro de reserva de 2018 e que só permanece aguardando o chamamento porque o governador e vários deputados estaduais prometeram que eles seriam chamados.
Agora, sem alternativa e após várias promessas, a turma se vê numa situação complicada. Para outro manifestante, o presidente da Assembleia Legislativa de Roraima (ALE/RR) fez uma proposta indecente ao grupo há alguns dias.
"Soldado Sampaio sugeriu um acordo de cavalheiros. Ele disse que deveríamos esperar até depois da eleição para que o governador pudesse nos chamar. Mas para isso acontecer não poderíamos fazer manifestação. Isso é uma intimidação grave", disse o concurseiro.
Por meio de nota o Governo de Roraima informou que já chamou 400 policiais militares e que não existe mais lista de convocação. Por outro lado, os manifestantes afirmam que representantes do Governo marcaram uma reunião para a próxima sexta-feira, 29.