É incrível como Antônio Denarium estava certo. Empresário do ramo de empréstimos de dinheiro a juros, o até então fazendeiro e grande produtor de soja já sabia que em Roraima não faltava dinheiro e sim gestão.
Após entrar no Palácio Senador Hélio Campos, ainda em dezembro de 2018, durante a intervenção, ele teve a certeza absoluta. Naquela ocasião, com os cofres do Estado destruídos, o até então senador Romero Jucá (MDB) que tinha acabado de perder a eleição, conseguiu R$230 milhões junto ao presidente Michel Temer para pagar servidores públicos e equacionar as contas públicas do Estado após o anúncio da intervenção federal.
Desde então, Denarium começou a trabalhar mais tranquilo e sempre pedindo ajuda ao presidente Jair Bolsonaro (PL) que jamais se negou a enviar dinheiro para Roraima. Pelo contrário, o Governo Federal não poupou repasses para o Estado.
Mas o homem de negócios começou a delirar com as cifras e aquele dinheiro todo rendendo milhões todos os meses. Foi assim que o governador da calculadora e das contas começou a juntar uma fortuna nas contas do Governo de Roraima. A estimativa é que nos caixas tenham cerca R$2 bilhões.
Rico, com nosso dinheiro, comprou os respiradores mais caros do mundo durante a pandemia. Um escândalo nacional. Foi feito um depósito de R$6,4 milhões antecipadamente para uma empresa que nem entregou os equipamentos. Enquanto isso, muita gente acabou morrendo por falta de leitos e respiradores.
Agora, há menos de três meses das eleições Denarium tem não somente dinheiro em caixa. O governador de Roraima valorizou suas terras, beneficiou amigos empresários, reformou estradas de suas fazendas, comprou prefeitos, negociou com deputados e vereadores e se fortaleceu na expectativa de que o dinheiro compra tudo e todos.
O governador, vaidoso e deslumbrado, fez festa milionária, doou dinheiro para prefeituras de forma suspeita e agora quer matar a fome da população pobre com cestas básicas compradas com nossos impostos como se as pessoas só se alimentassem nessa época.
Denarium, entenda uma coisa. As pessoas querem dignidade, emprego, escola, saúde, salário digno e um Estado de verdade para viver. Não seja imoral e sem coração! Assim, Deus não estará no comando. Não brinque com isso.